29 de out. de 2016


a criança que fui
já não respira
apodrece soterrada
pelo vazio
onde jazem
mães


vou morrer tanto
em todas as células
cédulas e
documentos expedidos
que deixarei a escritura
cravada na pedra
que me foi endereçada
satisfeita
vou sorrir diante da lápide estreita
de palavras parvas
meu corpo e meus gestos
adormecem em você