Das muitas atitudes humanamente imperfeitas, poucas são mais belas que a sinceridade. Bendito seja o sim absoluto e inquestionável, acompanhado pela troca de olhares e pela proximidade dos lábios que não admitem o detestável sabor do talvez. Louvado seja o não, ainda que passageiro, dito com alguma graça e toda a leveza possível, explorando o toque suave da brevidade da negativa.
Que, apesar das discrepâncias e acima dos pré-conceitos, aconteçam os encontros. Que possamos ser melhores aos nossos olhos para não sofrer ao contemplar o espelho revelado a partir do olhar alheio. Que a capacidade de acolher sobreponha a urgência dos julgamentos quase sempre equivocados.
Para que possamos ser maiores a ponto de nos virmos infinitamente pequenos quando descobrirmos que somos todos um só; que, através de nós, revele-se e reverbere do outro tudo aquilo que é digno de admiração.