19 de jul. de 2012

Sublinhamento

A linguagem é produto do exercício do poder, que entre nós é masculino. Estas divisões clássicas estão a serviço da sociedade masculina, responsável pelo ato de nominar "feminina" a produção da mulher de sensibilidade exacerbada, diariamente contrariada e dimunuída pela lista de haveres domésticos. Deste modo, mesmo a mulher de escritura "masculina" (máximo de elogio), nada mais fez que adotar o ponto de vista cultural da sociedade masculina, de que se origina.


Nélida Piñon, em entrevista a Clarice Lispector.