Há alguns minutos, estava deitado de costas, com as pernas para cima, como se pretendessem golpear o teto, os olhos fechados, o rosto cheio de lágrimas. Foi surpreendente, porém mesmo chorando e nessa patética ou ridícula postura confirmei uma vez mais qual é o grande segredo de tudo: sentir-se o centro do mundo. É exatamente isso o que fazem todos os indivíduos.
Enrique Vila-Matas, em O mal de Montano