20 de set. de 2013

Sonhário

corria incansavelmente em torno da imensa ave negra que, morta, mantinha os olhar fixo nos meus olhos, como se me acompanhasse. o círculo aumentava e a ave crescia em imensas penas de pontas desencontradas. durante as últimas voltas percorri a distância de um quarteirão e, já exausta, notei que a ave negra brilhava e feria minha pele com as garras enraivecidas. vi flores boiando no rio enquanto meu corpo ascendia. alto muito alto. quem voou fui eu.